sexta-feira, 29 de agosto de 2008

wild river


Não se foge da morte nem do amor. Pela inevitabilidade. E quando o amor nos fez um sinal inequívoco, seguimo-lo. Pela noite dentro, servindo-se dos nossos corpos cansados, foi-nos marcando profundamente, deixando-nos sulcos indelevéis que se somam agora à mancha das nossas peles já tatuadas. O amor fez-nos o sinal esperado e não o explicámos, não o entendemos, não o quantificámos, não o qualificámos para além do sublime que é sempre. Nesse rio para onde nos atirou, o amor gritou-nos da margem, em jeito de aviso, já seguíamos nós pela correnteza forte, que não há bons nem maus. Há os que se amam e sentem as almas a transbordar dos lábios quando estes se tocam. Sim, o amor é o único verdadeiro pecado porque até o diabo acredita em deus. Depois, do toque de flores das nossas mãos nasceram os frutos de sempre e os corações reuniram-se em prece conjunta.E o resto da noite foi uma bebedeira de sono e harmonia.

bso Os nossos nomes sussurrados por entre o tumulto

Nenhum comentário: